E se a sociedade fosse femista?

Antes de começar eu gostaria de esclarecer que femismo é o oposto de machismo, ou seja, prega a superioridade do sexo feminino. Feminismo e masculinismo pregam a igualdade — eu sei que já está batido, mas ainda tem gente que não sabe —, eu costumo dizer que o feminismo acontece em uma sociedade machista e o masculinismo em uma suposta sociedade femista.

Gostaria de esclarecer também que a igualdade que almejamos (nós, feministas) é uma igualdade que vem no resultado e não na ação/objeto em questão, ou seja, não podemos ignorar os fatores biológicos e dar ao homem e a mulher exatamente as mesmas coisas, mas também não devemos favorecer nenhum dos dois nem se aproveitar de nenhuma de suas características para sustentar outras ideias, queremos apenas que no fim das contas os resultados sejam iguais para ambos os sexos, como ilustra a imagem abaixo.

O que tenho visto frequentemente nas redes sociais são pessoas desmerecendo o movimento feminista, o post de hoje promove uma mudança dessa visão através de um chiste. Dia 27 de fevereiro no formspring a usuária Thaís Consuli fez algumas afirmações sarcásticas como pergunta, essas afirmações eram, entre outros, de origem femista, colocando a mulher no lugar do homem da nossa sociedade. Ela afirmou coisas que normalmente o homem afirma sobre a mulher, porém dessa vez os papeis foram invertidos. Alguns usuários resolveram entrar na "brincadeira" e responderam também de forma sarcástica. Veja as perguntas e respostas nas imagens abaixo:

➸

Você lutaria contra essa sociedade se vivesse nela? Pois é exatamente isso que o movimento feminista faz. E esse tipo de opressão explicito no sarcasmo é só a ponta do iceberg, fora da brincadeira acontece muito mais e de maneira muito pior.

Diante dos direitos, deveres e "regras sociais" em torno da mulher, comparando estes com os dos homens, eu luto pela igualdade. Porém é necessário entender que diante das atrocidades que acontecem aos montes atualmente, como estrupo, assedio, violência etc, diante destas coisas não podemos apenas clamar por igualdade e/ou lutar contra a opressão ao sexo feminino, mas nos indignar, tanto quanto o fazemos com os casos sensacionalistas que bombam na mídia. Chega um momento em que levantar seu cartaz pela igualdade não basta, chega um momento em que é preciso revoltar-se.