O regime foi defendido politicamente pelo Partido Nacional da seguinte forma:
"A política da segregação racial se baseia nos princípios cristãos do que é justo e razoável. Seu objetivo é a manutenção e a proteção da população europeia do país como uma raça branca pura e a manutenção e a proteção dos grupos raciais indígenas como comunidades separadas em suas próprias áreas (...) Ou seguimos o curso da igualdade, o que no final significará o suicídio da raça branca, ou tomamos o curso da segregação"
A obrigação da separação física de negros da "elite" branca foi evoluindo para diferenças na qualidade dos serviços públicos prestados, a definição de relações sexuais entre raças diferentes como crime e chacinas contra qualquer tipo de tentativa reacionária.
Um negro que estuprasse uma branca poderia responder ao ato com até mesmo pena de morte. Do outro lado, um branco que estuprasse uma negra podia pagar "valores simbólicos", multas: quase sempre, nem mesmo isso.
Talvez o tema seja um pouco clichê ao se considerar as várias notícias que saíram esse ano envolvendo Nelson Mandela, mas eu acho que sair um pouco da inércia de "estou estudando história" é bem importante. Por estar escrito em livros, parece algo distante de nós, de povos brutos e irracionais das eras passadas. Mas está há 20 anos atrás de diferença. E criamos repetições veladas desse regime sem nem percebermos - por desigualdades sociais, econômicas e políticas.
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